Mas o que acontece quando você para de correr do que te assusta, por medo de encontrar coisa pior lá na frente? Deve acontecer com todo mundo, não dá pra saber. Só sei que 2014 foi a sementinha que eu plantei no lugar errado, porque falta alguma coisa. Uma coisa imensa, já que tem um buracão aberto. Santo Deus, um daqueles que não fecham. Como uma dor de cabeça que vem no dia em que desce a menstruação. Fico procurando a menininha dos anos anteriores, mas não acho? E como pode? Não deve ter sumido, tem que estar em algum lugar. É aquela coisa que eu disse pra vocês, a do buraco, sabem? É disso que eu tava falando, da sensação de perder algo que você precisa muito e que não consegue achar. Eu seria melhor se não fosse tão problemática, ouviram? Ouçam pra não fazerem igual. Simplifiquem as coisas, pelo amor de todo o amor, simplifiquem.
Tenho vontade de rir muito, mas de chorar também, quando lembro dos meus treze-anos-melhor-ano. Eu era a pessoa mais boba dessa terra. Não que eu ainda não seja, mas sou bem menos do que gostaria. Sabe como é sentir inveja de ti mesma, só que alguns aninhos antes? Talvez a minha tristeza de hoje, venha do envelhecer.
E eu sou tão jovem... Ou não? Quantos anos pesam os meus dezessete anos? Com certeza dez vezes mais que os anteriores. E se eu nunca mais me encontrar? O que é que eu vou fazer sem mim? Isso tem sentido? Santo Deus, isso nem um tem sentido. É difícil tentar encontrar alguma coisa quando não se sabe o que perdeu.
É muito difícil.
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